Cláudio Trindade, mais conhecido pelo seu cognome artístico Frank Bak, é um músico, compositor, percussionista e terapeuta holístico português-brasileiro, cuja carreira multifacetada reflete uma profunda ligação entre música, cultura e bem-estar. Nascido a 07 de Maio de 1973 em Canoas, Brasil, mudou-se para Portugal em 1983, aos 10 anos, fixando-se em Évora, no coração do Alentejo. Durante os 25 anos que viveu nesta região, absorveu a essência da cultura alentejana – o cante polifónico, as paisagens vastas e a simplicidade das tradições – que viriam a moldar a sua identidade artística e a sua sensibilidade como músico.
Aos 18 anos, em 1991, começou a trabalhar em part-time na Rádio Jovem, uma rádio local de Évora, onde teve o primeiro contacto com a cena musical emergente da região. Foi nesta altura que conheceu jovens músicos que o inspiraram a mergulhar mais fundo na música. Comprou a sua primeira guitarra e, com Eddy Santos na guitarra e José Liaça nos teclados, formou o seu primeiro projeto musical, "Projeto Sunset", onde assumiu o papel de vocalista. Este grupo, foi o ponto de partida para a sua jornada musical.
Em 1995, Cláudio fundou a banda "The Vein", que rapidamente se destacou na cena independente portuguesa. Com um som que misturava rock alternativo e influências alentejanas, a banda lançou dois álbuns de autor: Under The Circumstance (1996) e Hormony (1998). O sucesso destes trabalhos levou "The Vein" à final do prestigiado festival "Termómetro Unplugged" em 1998, um evento transmitido em direto pela Rádio Comercial, que marcou um momento alto na carreira inicial de Frank.
No início dos anos 2000, expandiu os seus horizontes musicais, explorando as raízes tradicionais alentejanas com um toque contemporâneo. Em 2003, foi convidado a integrar o grupo "Modas À Margem do Tempo" como percussionista, participando na gravação do álbum Cantarolices (2004). O grupo, que reinterpretava temas tradicionais alentejanos com arranjos urbanos, levou-o a uma tournée memorável por Portugal (incluindo os Açores), França e Canadá, conectando-o com públicos de diferentes culturas e aprofundando a sua paixão pela música como veículo de partilha cultural.
Ainda em 2003, Frank fundou o grupo Almaplana, um projeto que o levou a tocar de norte a sul de Portugal e a festivais internacionais, como o "Let’s Share Cultures" na Hungria. Com Almaplana, compôs a banda sonora da curta-metragem The Fifth Step, que em 2006 venceu o prémio de Melhor Banda Sonora no Festival de Short Reels de Gales, um reconhecimento significativo do seu talento como compositor. Em 2008, o grupo lançou o álbum homónimo Almaplana, consolidando a sua reputação na cena musical portuguesa.
Paralelamente, em 2004, co-fundou o grupo Archybak, onde assumiu os papéis de percussionista, vocalista e produtor. Archybak destacou-se pela sua abordagem inovadora, lançando vários singles e alcançando a final dos MTV Europe Music Awards, um feito que trouxe visibilidade internacional ao projeto. Durante este período, Frank também aprofundou a sua paixão por terapias, tornando-se terapeuta manual, começando a integrar a música e o toque nas suas práticas de bem-estar.
Após anos a explorar diferentes projetos musicais e a sua conexão com a cura, decidiu lançar-se a solo sob o nome artístico Frank Bak, um nome que reflete a sua identidade multicultural e a sua visão artística. Inspirado pela sua experiência como terapeuta e pela influência das tradições alentejanas, brasileiras e portuguesas, Frank Bak começou a criar músicas que celebram o poder do toque, do amor e da saúde. Em 2024, lançou singles como "Massagem não é miragem", "Dona Maria da Lombalgia", que rapidamente conquistaram um público fiel. Estas canções, com refrões cativantes e mensagens de bem-estar, refletem a missão de usar a música como uma ferramenta de cura e conexão emocional.
Em 2025, Frank Bak lançou o seu primeiro álbum a solo, Deixa O Teu Corpo Dançar, um trabalho que encapsula a sua jornada de vida e a sua paixão por música e terapia. O álbum, gravado entre Évora e Coimbra, combina pop e dança, com letras que falam de amor, movimento e transformação. O videoclipe de "Dona Maria da Lombalgia", filmado em Coimbra e na Praia de Quiaios com a participação da sua mãe de 80 anos, tornou-se um momento icónico, simbolizando a resiliência e a importância de cuidar do corpo e da alma.
Hoje, Cláudio Trindade, como Frank Bak, continua a dividir o seu tempo entre a música e a terapia. A sua missão é clara: inspirar as pessoas a "deixar o corpo dançar", conectando-se com as suas emoções e com o mundo à sua volta. Com um legado que atravessa géneros e fronteiras, Frank Bak é uma voz única na música portuguesa, trazendo a sabedoria do Alentejo, a alma do Brasil e o coração de um terapeuta para cada nota que toca.
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